terça-feira, 22 de agosto de 2023

A responsabilidade dos pais na formação escolar do pré-adolescente

A responsabilidade dos pais na educação dos pré-adolescentes desempenha um papel fundamental no desenvolvimento saudável dos jovens. Nessa fase de transição entre infância e a adolescência, os pais desempenham um papel crucial como modelos e protetores, moldando não apenas o sucesso escolar, mas também a formação de valores, a autoestima e a capacidade de tomar decisões conscientes. A educação dos pré-adolescentes vai muito além do ambiente escolar. Os pais são os principais agentes de socialização nesse estágio, influenciando diretamente a maneira como seus filhos enxergam o mundo, os outros e a si mesmos. A comunicação aberta e eficaz é um pilar dessa responsabilidade, pois permite que os pais entendam as preocupações, os medos e os questionamentos que surgem nessa fase de descoberta e crescimento. A construção da autoestima é outra dimensão crucial. os pré-adolescentes estão começando a forjar uma compreensão mais profunda de sua identidade e do seu lugar na sociedade. Os pais têm a oportunidade de fornecer apoio emocional, reconhecendo suas conquistas e encorajando a confiança. Ao demonstrar amor incondicional e aceitação, os pais ajudam a construir uma base sólida para a autoconfiança e o respeito próprio. Além disso, a transmissão de valores éticos e morais é essencial. Os pais são modelos de comportamento para os seus filhos, e é durante a pré-adolescência que os jovens começam a internalizar as normas que nortearão suas decisões futuras. Ao exemplificar a empatia, a honestidade, a responsabilidade e o respeito pelos outros, os pais moldam o caráter e a ética dos pré-adolescentes. A responsabilidade dos pais também inclui o estímulo ao desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais. Ajudar os pré-adolescentes a compreender suas próprias emoções e lidar com os desafios interpessoais contribui para sua capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis e assertivos. A negociação de conflitos, a comunicação não violenta e a empatia são habilidades valiosas que podem ser ensinadas e praticadas em casa. Desta forma, a supervisão adequada do uso da tecnologia e da gestão do tempo de tela também são aspectos importantes da responsabilidade dos pais. A era digital oferece inúmeras oportunidades, mas também apresenta riscos. Os pais devem estar atentos ao conteúdo acessado pelos pré-adolescentes e incentivar o uso responsabilidade da internet, promovendo uma compreensão crítica e consciente da mídia. Assim a responsabilidade dos pais na educação dos filhos pré-adolescentes vai além das simples provisões de necessidades básicas. Ela abrange a orientação emocional, a transmissão de valores, a promoção do desenvolvimento social e moral e o estabelecimento de uma base sólida para o crescimento saudável.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Século XXI, o diabo na sociedade de consumo

O Século XXI trouxe consigo muitas transformações na sociedade, incluindo a forma como encaramos a religião e a figura do Diabo. Nas religiões cristãs, o Diabo é visto como um ser maléfico que tenta levar as pessoas a pecar e se afastar de Deus. No entanto, na sociedade de consumo em que vivemos, o Diabo se apresenta de uma forma mais sutil e sedutora. Hoje, somos bombardeados por propagandas que nos instigam a consumir mais e mais. A indústria do entretenimento nos apresenta um mundo em que o dinheiro, o poder e a fama são os valores mais importantes. Nesse contexto, o Diabo pode ser visto como a personificação do mau, que nos tenta a seguir caminhos que vão contra nossos valores e princípios. Por outro lado, as religiões nos ensina que existem pessoas iluminadas que são exemplos de boa índole e que nos ajudam a resistir às tentações do Diabo. Esses "santos" nos ensinam que o bem sempre vence o mal e que a verdadeira felicidade está em seguir os ensinamentos de Deus. A Educação Escolar também tem um papel importante nesse contexto. É fundamental que as escolas ensinem princípios éticos e morais, como a solidariedade, a honestidade, e o respeito ao próximo. Além disso, é preciso ensinar aos jovens a importância de se ter um propósito na vida e de buscar a felicidade através de valores mais profundos do que o simples consumo. Em resumo, o Diabo na sociedade de consumo do Século XXI pode ser visto como uma força que nos tenta a seguir caminhos que vão contra nossos valores e princípios. No entanto, as religiões nos ensinam que existem pessoas iluminadas que são exemplos de boa índole e que nos ajudam a resistir às tentações das forças do mau. Além disso, a Educação Escolar tem um papel fundamental na formação de uma sociedade mais ética e moralmente consciente. É preciso ensinar aos jovens que a verdadeira felicidade está em seguir os ensinamentos de Deus e em buscar valores mais profundos do que o simples consumo. Mestre em Educação, Arte e História da Cultura. Pós-graduado (lato sensu) em Teologia.

quinta-feira, 15 de junho de 2023

A religiosidade no século XXI

A religiosidade no século XXI é um tema que tem gerado muitas discussões e reflexões. Com o avanço da tecnologia, a globalização e a diversidade cultural, muitos jovens têm se afastado das Igrejas e da prática religiosa. No entanto, a religiosidade ainda é uma parte importante da vida de muitas pessoas, e as Igrejas têm buscado se adaptar às mudanças na sociedade para continuar atraindo fiéis. Uma das estratégias é a utilização das redes sociais e da internet para se conectar com os jovens e divulgar suas atividades. Além disso, a Educação Escolar também tem um papel crucial na formação religiosa dos jovens. Muitas escolas oferecem aulas de ensino religioso, que podem ajudar a despertar o interesse dos alunos pela religião e proporcionar uma base sólida de conhecimento. No entanto, é importante ressaltar que a religiosidade não deve ser imposta, mas sim uma escolha pessoal. Os jovens devem ter liberdade para escolher sua crença ou "não-crença", e as Igrejas devem respeitar essa escolha. Por fim, é importante destacar que a religiosidade no século XXI não se limita apenas às Igrejas tradicionais. Muitas pessoas têm buscado novas formas de espiritualidade, como a meditação, o yoga e outras práticas que promovem a conexão com o divino. Em resumo, a religiosidade no século XXI é um tema complexo e em constante evolução. As Igrejas e a Educação Escolar têm um papel importante na formação religiosa dos jovens, mas é importante respeitar a liberdade de escolha e reconhecer a diversidade de crenças e práticas religiosas.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Internet; cultos e seitas religiosas

A internet é uma ferramenta incrível que tem mudado a forma como nos comunicamos, aprendemos e nos conectamos com o mundo. No entanto, com a facilidade de acesso à informação, também surgiram novas formas de seitas e cultos que se aproveitam da rede para se propagar. As seitas e cultos religiosos sempre existiram, mas a internet permitiu que eles alcancem um público maior e de forma mais rápida. Muitas dessas organizações usam técnicas de marketing digital, como anúncios pagos e conteúdo viral, para atrair novos seguidores. Ao contrário das religiões tradicionais, as seitas e cultos muitas vezes têm crenças extremas e práticas questionáveis, como a manipulação psicológica dos membros e a exigência de doações financeiras significativas. Essas organizações podem ser perigosas para a saúde mental e física dos indivíduos envolvidos. É importante lembrar que a liberdade religiosa é um direito fundamental, mas também é importante estar ciente dos riscos envolvidos em se juntar a uma seita ou culto. A internet é uma ferramenta útil para pesquisar e aprender sobre diferentes religiões, mas é importante ter cautela ao se “envolver com organizações” desconhecidas.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Os símbolos, da imagem visível ao mundo invisível; uma interpretação.

“Os símbolos cristãos surgem a partir da capacidade extraordinária de unir as imagens visíveis com o mundo invisível, de forma a tornar mais clara a concepção da nova religião. Eles resumem todo um discurso espiritual de forma cifrada, que revela e oculta ao mesmo tempo a presença do personagem sagrado”. (LEMOS, 2013, p. 21) O termo símbolo, derivado do grego antigo symballein, significa agregar. Ao analisarmos a citação de Lemos percebemos a importância dada às primeiras iconografias e símbolos cristãos para a conversão dos que professavam outras religiões e até para manter a união dos já convertidos. O símbolo, e no caso específico, os símbolos cristãos têm essa força de agregar a ideologia da igreja cristã a uma determina imagem, que representa não apenas o objeto, ser ou pessoa, mas principalmente uma rede complexa de significados. A cruz por exemplo, ela quando colocada na frente de um nome significa que a pessoa já faleceu, quando a vemos na beira de uma estrada, que alguém morreu naquele local, mas se a vemos em um altar, alto de uma igreja ou local de oração ela se reveste de significados míticos, passa a simbolizar o sacrifício do Cristo pela humanidade, ao vislumbrar a cruz no contexto exposto, o cristão é tomado por emoções conflitantes, ele se arrepende de ações ou pensamentos contrários aos dogmas religiosos que processa, as leis civis a qual está sujeito, o cristão chora, ri, reza por dias melhores e agradece pelos que teve. Os símbolos cristãos também têm a função de dominação. A mente humana é facilmente manipulável. Um bom orador apoiado pelas imagens de ídolos influencia a pessoa, doutrina, impõem ideologias. O crente (aquele que acredita) quando está em um espaço sagrado, rodeado de imagens sacras (passagens bíblicas, santos, mártires etc.) é tomado por um turbilhão de emoções, desta forma o pregador pode modificar a concepção do fiel do que se pode ou não fazer, ele, o pregador tem a capacidade de moldar lógica social. Retomando a questão inicial, o cristianismo primitivo se apoderou dos símbolos greco-romanos no qual o povo sob o domínio do império romano estava familiarizado e lhes atribuiu novos significados. Os romanos fragilizados pela iminente falência do sistema e crescente violência social se voltaram para a religião cristã que apregoava novos valores sociais e morais, e os símbolos e figuras tinha um importante papel nesse processo pedagógico e doutrinário, como afirmou Lemos (2013), a imagem visível tem a capacidade de nos unir ao mundo invisível. Os símbolos são criados dentro do contexto de uma ideologia. Assim os símbolos cristãos, mesmo aqueles que antes “pertenciam” a cultura greco-romana, foram idealizados ou reelaborados como ferramentas doutrinárias, como instrumentos para a coesão da sociedade.