domingo, 8 de setembro de 2013

CARAPICUIBA na História, o Educandário Santa Terezinha

A História do Educandário Santa Terezinha tem início em 1919, quando Margarida Galvão reuniu um grupo de senhoras para amparar os filhos de portadores de hanseníase, costuravam roupas e angariavam donativos. Em 1923, foi fundada a Associação Santa Terezinha do Menino Jesus, e em 1925, com o apoio do Estado iniciou-se a construção do asilo, inaugurado em 1927.
             
                  "...Desde o início da década de vinte, a Associação Santa Terezinha do Menino Jesus se preocupava com as crianças filhas de hansenianos. Em 1922, graças à doação do Dr. Celestino Bourroul, a Associação passou a possuir um grande terreno no bairro da Lapa (SP), onde pretendia construir um Asilo-Escola. Entretanto, esse plano foi barrado pelo Serviço Sanitário que alegou ser a localização al para os fins propostos. No ano de 1926, a Associação adquiriu um terreno de 145.000 mil metros quadrados no município de Carapicuíba, situado no quilômetro 23 da Estrada de Ferro Sorocabana, e o projeto foi idealizado pelo engenheiro Álvaro de Salles Oliveira. Para custear parte do projeto, o terreno da Lapa foi loteado e vendido, o restante da verba necessária para a edificação das construções foi arrecadada através de campanha de levantamento de fundos, a "Campanha Humaníssima", realizada por Júlio de Mesquita através do jornal O Estado de São Paulo. Em fevereiro de 1926, esse jornal abriu uma lista de contribuições populares, que arrecadou quase toda a verba necessária para a obra. Em 8 de setembro de 1927 foram inaugurados quatro pavilhões, e as primeiras crianças foram recolhidas. Desde seu início, o Asilo-escola foi dirigido por Margarida Galvão..."
 
 
 
 
 
 
 
Educandário Santa Terezinha; foto de 1940
 
A partir dos anos 1920, intensificou-se no Brasil o isolamento de portadores de hanseníase (nesta época denominada lepra), e nos anos 1930 foram criados o Ministério da Educação e Saúde Pública e o Plano Nacional de Combate à Lepra. Na ditadura de Getúlio Vargas intensificou-se a perseguição aos portadores de hanseníase: "...os doentes eram denunciados às autoridades, caçados nas ruas e em casa, tinham a família perseguida pelo Estado (...), as pessoas com hanseníase foram consideradas uma ameaça à integridade social."
 
Em 1949, foi aprovada a lei nº 610, esta lei oficializava a separação dos portadores de hanseníase de seus familiares e que seus filhos fossem internados em preventórios: "os filhos dos doentes, mesmo os que nasciam nas colônias, imediatamente após o nascimento eram levadas para: Preventórios ou Educandários; adoção (muitas vezes ilegal) ou convívio de outras pessoas."
 
No ano de 1958, no VII Congresso Internacional de Lepra, a doença foi reconhecida como não hereditária e que o isolamento dos portadores não era mais recomendado. No Brasil o isolamento foi banido em 1962, no estado de São Paulo o banimento ocorreu até 1967.
 
 
 
fonte: educandariosantaterezinha.org.br

 Desde 1978 a associação é administrada pelas “IRMÃS FILHAS DE NOSSA SENHORA STELLA MARIS”, a congregação religiosa é um exemplo de dedicação aos enfermos, idosos, crianças e adolescentes