quinta-feira, 30 de abril de 2020

Religião e Cinema: uma teologia crítica, para um catecismo consciente

Religião e Cinema: uma teologia crítica, para um catecismo consciente. DOI: 10.25768/20.04.01.008 Resumo: A religião, seja qual for, é um fator de aglutinação social e, também de degradação. A busca pelo sagrado é uma resposta a todas as indagações do homem, uma forma de amenizar sua condição mortal acreditando numa vida pós morte. Na História das civilizações e na História do próprio homem, vemos a influência da religião na construção de uma hierarquia social, na dominação e na subserviência. Não nego a necessidade da fé, do acreditar em “algo, alguém ou alguma coisa”, mas as religiões e doutrinas foram ‘construídas’ por homens que se diziam ser instrumentos, ou portadores da vontade de um ser e, no momento que começam a escutá-lo, seguidores se multiplicam, lideranças surgem, leis, princípios e dogmas são criados, são organizados. Dissidências aparecem, outras religiões ou doutrinas surgem; em um processo de décadas ou centenas de anos, toda uma sociedade adota ou se converte aos princípios destas “novas” doutrinas. Mas, tudo começou com um homem, com uma ideia. Onde está a verdade? O cinema enquanto instrumento pedagógico nos possibilita fazer uma leitura não dogmática das questões religiosas de uma forma dinâmica e multidisciplinar. Tomando por referência o longa metragem O Auto da Compadecida, de Guel Arraes, baseado no livro homônimo de Ariano Suassuna, percebemos na leitura destes documentos os desvios de conduta a qual os cléricos estão sujeitos. A busca pelas ‘verdades’ nos textos sagrados é uma constante. Questionar certas atitudes de membros da Igreja, questionar a “leitura e abordagem” de determinados textos nos possibilita a construção de um catecismo mais dinâmico, tendo como plataforma o cinema nacional. Palavras-chave: religião; teologia; cinema. VEJA em http://www.bocc.ubi.pt/pag/barcala-valter-2020-religiao-cinema.pdf